Um Breve Resumo e Contextualização:
A arquitetura baseada em componentes cria um sistema que pode ser facilmente extensível, promovendo a reutilização de software e um entendimento intuitivo. Um componente normalmente se relaciona com um objeto na programação orientada a objetos.
O RUP oferece uma forma sistemática para construir este tipo de sistema, focando-se em produzir uma arquitetura executável nas fases iniciais do projeto, ou seja, antes de comprometer recursos em larga escala.
Estes componentes são normalmente incluidos em infraestruturas existentes como o CORBA e o COM (Modelo de Componentes de Objectos).
O que significa Arquitetura de Componentes?
Os componentes são grupos de código coesos, na forma de código fonte ou executável, com interfaces bem definidas e comportamentos que fornecem forte encapsulamento do conteúdo e são, portanto, substituíveis. As arquiteturas baseadas em componentes tendem a reduzir o tamanho efetivo e a complexidade da solução e, portanto, são mais robustas e flexíveis.
Ênfase Arquitetural
Os casos de uso orientam o Rational Unified Process (RUP) durante todo o ciclo de vida, mas as atividades de design são centralizadas na noção da arquitetura do sistema e em sistemas intensivos de software, arquitetura de software. O foco principal das iterações iniciais do processo, principalmente na fase de elaboração, é produzir e validar uma arquitetura de software, que no ciclo de desenvolvimento inicial toma a forma de um protótipo arquitetural executável que gradualmente evolui até se tornar o sistema final em iterações posteriores.
Arquitetura executável significa uma implementação parcial do sistema criada para demonstrar funções e propriedades selecionadas do sistema, em particular aquelas que satisfazem requisitos não funcionais. A finalidade da arquitetura executável é diminuir os riscos relacionados a desempenho, taxa de transferência, capacidade, confiabilidade, etc. para que a capacidade funcional completa do sistema possa ser adicionada na fase de construção de uma forma segura, sem perigo de quebra.
Para obter uma introdução da noção de arquitetura, mais especificamente arquitetura de software, e para uma explicação de por que essa noção é crucial, consulte Conceitos: Arquitetura de Software.
O RUP fornece uma maneira metódica e sistemática de projetar, desenvolver e validar uma arquitetura. Oferecemos templates para descrição da arquitetura, com os conceitos de várias visões arquiteturais, e para a captura de estilo de arquitetura, regras de design e restrições. A disciplina Análise e Design contém atividades específicas orientadas para identificar restrições arquiteturais e para elementos significativos na arquitetura, além de diretrizes sobre como fazer escolhas arquiteturais. O processo de gerenciamento mostra como o planejamento das iterações iniciais considera o design de uma arquitetura e a resolução dos principais riscos técnicos. Consulte a disciplina Gerenciamento de Projeto e todas as atividades associadas ao Papel: Arquiteto de Software para obter mais informações.
A arquitetura é importante por vários motivos:
Ela permite obter e manter controle intelectual do projeto, gerenciar sua complexidade e manter a integridade do sistema.
Um sistema complexo é mais que a soma de suas partes; mais que uma sucessão de pequenas decisões táticas independentes. Ele precisa ter uma estrutura unificadora e coerente para organizar essas partes de modo sistemático e fornecer regras precisas sobre como pode ser aumentado, sem que sua complexidade cresça além da compreensão humana.
A arquitetura determina os meios para se obter melhor comunicação e entendimento em todo o projeto, estabelecendo um conjunto de referências e um vocabulário comuns, com os quais se discutem questões de design.
É uma base efetiva para reutilização em larga escala.
Ao articular claramente os principais componentes e as interfaces críticas entre eles, uma arquitetura permite que você raciocine sobre a reutilização, tanto a reutilização interna que é a identificação das partes comuns, como a reutilização externa que é a incorporação de componentes desenvolvidos internamente e adquiridos prontos para serem usados. No entanto, também permite a reutilização em uma escala maior: a reutilização da própria arquitetura, no contexto de uma linha de produtos que aborda funcionalidades diferentes em um domínio comum.
Ela fornece uma base para gerenciamento de projeto.
Planejamento e formação de equipe estão organizados de acordo com os principais componentes. Decisões estruturais fundamentais são tomadas por uma equipe pequena e coesa de arquitetura. Elas não são distribuídas. O desenvolvimento é dividido entre um conjunto de equipes pequenas, cada uma sendo responsável por uma ou várias partes do sistema.
Desenvolvimento Baseado em Componentes
Um componente de software pode ser definido como um pedaço não-trivial de software, um módulo, um pacote ou um subsistema, sendo que todos desempenham uma função clara, possuem uma fronteira clara e podem ser integrados em uma arquitetura bem definida. É a realização física de uma abstração do design.
Os componentes vêm de diferentes lugares:
Ao definir uma arquitetura muito modular, você identifica, isola, projeta, desenvolve e testa componentes bem formados. Esses componentes podem ser testados individualmente e gradualmente integrados para formar o sistema inteiro.
Além disso, alguns desses componentes podem ser desenvolvidos para serem reutilizáveis, especialmente os componentes que fornecem soluções comuns para uma ampla variedade de problemas comuns. Esses componentes reutilizáveis, que podem ser maiores que apenas conjuntos de utilitários ou de bibliotecas de classes, formam a base de reutilização dentro de uma organização, aumentando a produtividade e a qualidade geral do software.
Mais recentemente, o advento das infra-estruturas de componentes comercialmente bem-sucedidas, como CORBA, a Internet, ActiveX e JavaBeans, desencadeou uma indústria completa de componentes desenvolvidos internamente e adquiridos prontos para serem usados para vários domínios, permitindo comprar e integrar componentes, em vez de desenvolvê-los internamente.
O primeiro ponto na lista precedente explora os conceitos antigos de modularidade e de encapsulamento, tornando ainda mais importantes os conceitos subjacentes à tecnologia orientada a objetos. Os últimos dois pontos da lista alteram o desenvolvimento de software da programação: de uma linha por vez para a composição do software através da montagem de componentes.
O RUP suporta desenvolvimento baseado em componentes destas maneiras:
A abordagem iterativa permite identificar componentes progressivamente e decidir quais desenvolver, quais reutilizar e quais comprar.
O foco na arquitetura de software permite montar a estrutura, os componentes e como eles se integram, incluindo os padrões e os mecanismos fundamentais através dos quais eles interagem.
Conceitos como pacotes, subsistemas e camadas são utilizados durante a disciplina Análise e Design para organizar componentes e especificar interfaces.
Os testes são primeiramente organizados em componentes e, em seguida, em conjuntos maiores de componentes integrados.
Referências para a Elaboração do Post:
http://www.guiafar.com.br/portal/index.php/pt/artigos/tecnologia-da-informacao/108-rup
http://www.wthreex.com/rup/manuals/intro/im_bp3.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/IBM_Rational_Unified_Process#Uso_de_arquitetura_baseada_em_componentes_2